“In tempore solitudinis.”

Affonso Abreu – 21-07-2024

Escuto tua a voz, formosa soprano.

Vem de longe, forte, doce e fremente.

A canção invade o meu coração insano.

Solitário, vagabundo, libertário e carente.

Voz que viaja no vento, etérea, celestial, ingente.

Paralisa os pássaros, perfuma as flores, não causa dano.

Faz sonhar, entorpece corações, segue em frente.

Harmoniosa sempre, visitando o sagrado e o profano.

Que importa, diva misteriosa, a natureza desse canto?

Que preenche, com força e magia, a mente ansiosa!

Que lindos momentos de paz, suavidade e encanto!

Talvez te ouvir seja um sonho de verão.

Uma visita de Morfeu, criatura poderosa.

Incerta quimera adormecida além da razão.


Affonso Milcíades Alves de Abreu, 74 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, advogado militante por 40 anos, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Analítica Junguiana, analista em formação pelo CEJAA – Centro de Estudos Junguianos Analistas Associados.


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