Vaso de flores
Affonso Abreu – 18/08/2024
Vem a noite e cansado.
Deita em seu leito o poeta.
Mais um dia acaba frustrado.
Em busca insana da mulher dileta.
Descansa o corpo, não descansa a alma.
Que com os sonhos assume o comando.
Excitada e soberana não lhe permite a calma.
Acelera seu cativo coração, que continua amando.
Olhos fechando, abandono e ansiedade.
Apagam-se devagar os mais lindos momentos.
Sofre calado o sortilégio de suas dores.
Viaja seus desejos e sente saudade.
Olha a pequena janela e adormece seus lamentos.
Vê o rosto de sua amada em um belo vaso de flores.
Affonso Milcíades Alves de Abreu, 74 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, advogado militante por 40 anos, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Analítica Junguiana, analista em formação pelo CEJAA – Centro de Estudos Junguianos Analistas Associados.



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