Solitude et Soliloquium

Sonetinho domingueiro n° 24

Affonso Abreu – 17/11/2024

Solitário, olhava o mar atlântico.
Mar azul, mar de Copacabana.
Ondas harmoniosas, espumas dolentes.
Na suave brisa o sagrado cântico.
Canção misteriosa, mágica, profana.
Alma cativa aos místicos sonhos.
Que poderosos, povoam a consciência.
Ressuscitam, em cores, imagens latentes.
Delirantes e enfeitiçadas, entorpecem a mente.
Sonhos recorrentes.
Hora bondosos.
Hora inclementes.
Infinitos!
Tenebrosos!
Lindos!
Deliciosos!
Projetos inacabados.
Desejos inatingidos.
Vontades reprimidas.
Ausências ressentidas.
Caminhadas perdidas.
Esperanças imanentes.
Lembranças de carícias.
Do beijo da eterna musa.
Chegava a noite, nascia o luar.
E o poeta, então … !
Em quieta e doce solidão.
E em constrito solilóquio.
Pensando nela… sempre ela.
Solfejava o verbo amar.


O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é affonso-abreu.jpg

Affonso Milcíades Alves de Abreu, 74 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, advogado militante por 40 anos, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Analítica Junguiana, analista em formação pelo CEJAA – Centro de Estudos Junguianos Analistas Associados.


Deixe um comentário

Leia mais:

Descubra mais sobre Geração 68

Inscreva-se agora mesmo para continuar lendo e receber atualizações.

Continue lendo