Affonso Abreu
Meninos eu vi! Por fim, Darth Fux votou!
Votou, mas melhor teria sido a manutenção do relutante silêncio covarde, que praticou durante os dois longos dias decorridos da decisão do Ministro Alexandre de Moraes e imediatamente apoiada pelos demais pares da Primeira Turma, com vistas à importância do momento político nacional. Com o Brasil sob pressão de inominada chantagem internacional do Império Galáctico, comandado pelo famigerado Darth Sidius Trump.
Votou no fim do prazo regimental, excretando um voto absurdo, infame e teratológico, com requintes de petulância, arrogância e vilania. Uma argumentação frívola e inconsequente, para não dizer tendenciosa, como já demonstram as manifestações de renomados juristas e experientes jornalistas políticos.
Um absurdo defender a tese de que a medida cautelar decretada, vinha carente de bases fáticas e de verdades formadas, sendo mesmo atentatória ao direito de ir e vir e à liberdade de expressão do nefasto Bolsonaro, que declarou ter enviado R$ 2.000.000,00, para financiar as criminosas práticas antidemocráticas de seu amado Eduardo Bananinha, um traidor da pátria brasileira.
Senhor Fux, seu voto deixa bem claro um total descaso por seus pares, que já tinham sido atingidos solertemente (aí sim na liberdade de ir e vir) pelo Império Galático de Darth Trump, com a revogação de vistos de entrada, por afronta, vingança e chantagem política, visando interferir no poder judiciário brasileiro.
Senhor Fux, estou indignado, mas não estou surpreso!
Veio à minha lembrança, que em 22 de abril de 2016, em grupo do Telegram, um tal Dallagnol conta que conversou com o senhor no STF, que disse a ele que a força-tarefa da desmoralizada operação lava jato, podia contar com sua ajuda. E o famigerado Sergio Moro respondeu: “Excelente.In Fux we trust.”
O aviso estava dado. Forte e claro!
Eles acreditam, senhor Fux, mas nós, o povo democrático brasileiro, não acreditamos!
Não senhor!
Seu voto passará aos anais do Supremo Tribunal Federal eivado por rica adjetivação: um voto sinuoso, ronhoso, escabroso, ladino, malicioso e velhaco!
Com perdão do trocadilho, lhe diria minha saudosa avó udenista: o senhor tem topete!
Affonso Milcíades Alves de Abreu

Advogado militante por 40 anos, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Analítica Junguiana, analista em formação pelo CEJAA – Centro de Estudos Junguianos Analistas Associados.


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