Noctem obscuram et perditam diem!

Affonso Abreu – 24-07-2024

Uma noite obscura.

Um dia perdido.

O amor fracassado.

A morte de um sonho.

Abandono, dolorida solidão.

Caminhar o caminho de volta.

Estrada triste, cinza, sombria. 

Por quê voltar.

Para que voltar?

A rua já não é minha.

Já não a posso ladrilhar.

Perdi as pedrinhas de brilhante.

Meu amor se foi, está longe.

Já não vou vê-lo passar.

Doce ilusão da esperança!

De voltar a ser criança.

E poder me encontrar.

Reviver os sonhos sonhados.

Os mistérios não revelados.

Perplexo, não saí do lugar.

Não encontrei o caminho.

Como um passarinho sem ninho.

Que não aprendeu a voar.


Affonso Milcíades Alves de Abreu, 74 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, advogado militante por 40 anos, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Analítica Junguiana, analista em formação pelo CEJAA – Centro de Estudos Junguianos Analistas Associados.


Resposta

  1. Avatar de BILL CARLOS MANHÃES

    Bravo. Bom dia de Segunda e Ótima Semana, Maus Poemas. Saudações Socialista

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